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1890 – Prefácio do livro Oaristos, de Eugênio de Castro.
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Este não constitui, propriamente, um período literário autônomo, não só pela
rapidez de sua passagem pela Literatura Portuguesa, como também por constituir
a base de alguns elementos precursores do Modernismo (intuição e duradoura).
-
Alguns autores incluem o Simbolismo dentro dos movimentos anti-Românticos;
contudo, seu caráter subjetivista o identifica, em parte, com o excessivo
sentimentalismo Romântico:
- Dualidade dos seres e das coisas.
- Realidade inconsciente.
- A Poesia rejeita as idéias claras: prefere o
claro-escuro, o indefinido, os estados indecisos da alma.
VI – Modernismo (1910
– até hoje)
Período das Revistas
(1910 – 1940)
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Revistas: Águia (1910), Orfeu (1915), Lusitânia (1924/1927), Presença (1927),
Portucale (1932).
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Rompimento de convenções e integração do homem no seu tempo.
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Impressionismo.
Neo-Realismo (1940 –
1947)
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1940 – publicação do romance Gaibéus, de Alves Redol.
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Influência dos neo-realistas brasileiros e norte-americanos.
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Tentativa de redimir o homem humilde.
Surrealismo (1947 –
1960)
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1947 – Proposta de grupo surrealista.
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Cultiva a existência fantástica.
-
Revelação do mundo secreto do subconsciente.
Atualidade (1960 –
até hoje)
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Coincide com a dispersão do grupo surrealista, no final da década de 50 e com a
publicação de textos interiorizadores (Existencialismo) e focalizadores da
“gente pequena” (literatura socializante).
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Após 1974 (Revolução dos Cravos) os textos espelham uma nova realidade
pró-socialista e abismadora diante da realidade.
-
Preocupação de relacionamento íntimo com outras literaturas de Língua
Portuguesa.
Fernando Pessoa

Fernando Antônio Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e
poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de
Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935.
Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na
cidade de Durban (África do Sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país
teve contato com a língua e literatura inglesa.
Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor
técnico, publicando seus primeiro poemas em inglês.
Em 1912, começou suas atividade como ensaísta e
crítico literário, na revista Águia.
A saúde do poeta português começou a apresentar
complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática,
provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte
prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas,
pois apresentou cirrose hepática.
Obras de Fernando
Pessoa:
- Do Livro
do Desassossego
- Ficções
do interlúdio: para além do outro oceano
- Na
Floresta do Alheamento
- O
Banqueiro Anarquista
- O
Marinheiro
- Por ele
mesmo
Personagens:
Alberto Caeiro
Alberto
Caeiro, é considerado o mestre de todos os heterônimos de Fernando Pessoa.
Segundo o seu criador "Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida
no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária;
morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns
pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu
tuberculoso."
Nasceu em abril de 1889 e morreu em 1915.
Pessoa criou uma biografia para Caeiro que se encaixa com perfeição à sua poesia. Caeiro escrevia com a linguagem simples e o vocabulário limitado de um poeta camponês pouco ilustrado. Pratica o realismo sensorial, numa atitude de rejeição às elucubrações da poesia simbolista.
Principais obras:
- Assim
como falham as palavras
- Quando
vier a Primavera
- XXV
- O
Guardador De Rebanhos
- O
Penúltimo Poema
Ricardo Reis
É um heterônimo do poeta Fernando Pessoa. O poeta português foi vários poetas ao mesmo tempo, além de Ricardo Reis, foi também Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. Tendo sido "plural", criou personalidades próprias para os vários poetas que conviviam nele. Cada qual tinha sua biografia e um traço diferente de personalidade, como se fossem personagens de seu criador. Ricardo Reis foi criado quando Fernando Pessoa escreveu os "Poemas de Índole Pagã". Em sua biografia consta que nasceu em Porto, Portugal, no dia 19 de setembro de 1887. Estudou em colégio de jesuítas e estudou medicina. Era monarquista, auto-exilou-se no Brasil, em 1919, por discordar da Proclamação da República Portuguesa. Foi profundo admirador da cultura clássica. Era autodidata na língua grega e de formação sólida na língua latina e mitologia.
Ricardo Reis possui obras
em seu nome. As primeiras obras foram publicadas na revista Athena,
fundada por Fernando Pessoa em 1924. Entre 1927 e 1930, publicou várias Odes na
revista Presença, de Coimbra. A idéia desenvolvida em sua obra faz parte do
pensamento Greco-romano: clareza, equilíbrio, as boas formas de viver, o
prazer, a serenidade. O pensamento do filósofo Epicuro permeia a obra de
Ricardo Reis, que pregava que as pessoas deveriam viver o "aqui e
agora", retomando o preceito grego do "carpe diem", baseado no
prazer. Mas, além do epicurismo, Ricardo Reis possuía o estoicismo também como
influência, que propõe a aceitação do acontecimento das coisas e a rejeição às
emoções e sentimentos exacerbados.
Ricardo Reis possui um estilo muito próximo dos
escritos do poeta latino Horácio, que foi seu grande inspirador, como o uso de
gerúndios, imperativos e inversões de sintaxe, como os hipérbatos.
Em sua biografia não consta a data de sua morte
mas, o escritor José Saramago em seu livro "O Ano da Morte de Ricardo Reis",
situou-o em 1936.
Principais Obras:
- Aqui,
neste misérrimo desterro
- Ao
Longe
- Aos
Deuses
- Antes de
Nós
- Anjos ou
Deuses
- A palidez
do dia
- Atrás não
torna
- A Nada
Imploram
- As
Rosas
- Azuis
os Montes
Álvaro dos Campos
Álvaro de Campos
surge quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”. O próprio Pessoa
considera que Campos se encontra no extremo oposto, inteiramente oposto, a
Ricardo Reis”, apesar de ser como este um discípulo de Caeiro.
Campos é o “filho
indisciplinado da sensação e para ele a sensação é tudo. O eu do
poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência ou
possibilidade de existir.
Engenheiro naval e
viajante, Álvaro de Campos é configurado “biograficamente” por Pessoa como vanguardista
e cosmopolita, espelhando-se este seu perfil particularmente nos poemas em que
exalta, em tom futurista, a civilização moderna e os valores do progresso.
Cantor do mundo moderno, o poeta procura
incessantemente “sentir tudo de todas as maneiras”, seja a força explosiva dos
mecanismos, seja a velocidade, seja o próprio desejo de partir. “Poeta da
modernidade”, Campos tanto celebra, em poemas de estilo torrencial, amplo,
delirante e até violento, a civilização industrial e mecânica, como expressa o
desencanto do quotidiano citadino, adoptando sempre o ponto de vista do homem
da cidade.
Principais Obras:
- Tabacaria
- Cansaço
- O dia deu em chuvoso
- Estou cansado
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